quarta-feira, 30 de setembro de 2015

Primeiras Imagens

Entrevista-1a






Cena-1a.1954


Vídeo 1 - 
O diretor Zé Regino comenta os efeitos e ideias sobre a cena inicial.
O argumento do espetáculo "Domingo Sem Chuva" surgiu de uma experimentação sugerida pelo diretor Zé Regino onde dois homens bem idosos deveriam trocar uma lâmpada, uma ação cotidiana e simples.
As ações realizadas pelos atores na condição de fragilidade e inabilidade geravam o riso. Verificou-se que  funcionava no contexto do humor físico; temática que o diretor vem estudando desde que iniciou seu trabalho como ator. Desta primeira experimentação, o grupo teatral Celeiro das Antas criou a história do encontro de dois casais de amigos numa festa de reveillon no ano de 1954. O tempo passa, e os casais se encontram depois de 60 anos coincidindo com a atualidade.


Vídeo 2 -
Atuação do ator Marcos Davi na cena inicial (reveillon de 1954).
O grupo optou por realizar seu próprio repertório musical.
Zé Regino, numa entrevista para o grupo, relatou que vem buscando o caminho da não espetacularização, conjuntamente com seus estudos sobre o humor. 

terça-feira, 29 de setembro de 2015

Domingo Sem Chuva

Observação: dia 24/09/2015


Algumas fotos do processo de ensaio do espetáculo -Domingo Sem Chuva-
 (sobre situações da Velhice).






segunda-feira, 28 de setembro de 2015

A direção de José Regino - Algumas Notas.


Neste vídeo, uma pesquisa de Daniela Diniz,  o diretor José Regino aborda como dirige o seu grupo.
Ele parte sempre das ações físicas, e explica que dirige mais o "processo" do que  propriamente a cena. E não se preocupa com o resultado final, preza sempre o trabalho do ator.
Mais importante para ele é fazer teatro para o encontro com o outro, e para troca de experiências.
Em nossas observações constatamos de fato sua filosofia de trabalho com seu grupo teatral Celeiro das Antas.

Um pouquinho do "Zé"...

Um pouquinho do "Zé"...

Material escrito extraído da dissertação:
Dramaturgia da atuação Cômica: O Desempenho do ator na construção do riso  
Orientador Professor Dr. Marcus Mota - UnB - 2008




"A minha relação com o teatro teve início no grupo de teatro amador Retalhos. A forma de aprender era pela leitura e troca de experiências na prática do fazer teatral, no palco e na rua. 
Viajar para festivais onde aconteciam oficinas de formação era a opção segura de aprendizagem. Nos festivais podíamos conviver e aprender com artistas experientes e consagrados. Foi viajando para festivais de teatro de bonecos que me iniciei nesta arte, chegando a trabalhar profissionalmente...
...Um dia em Carpina, interior de Pernambuco, fomos à casa do Mestre Solón encomendar um lote de bonecos. 
Eu queria adquirir um boneco com feições de adolescente, o mestre me confessou: - "nunca confeccionei nada parecido, mas se eu misturar uns traços de rosto de homem com traços de rosto feminino poderá dar o resultado que você quer". 
Mais tarde ele me perguntou se eu sabia o que iria fazer com aquele boneco, respondi que tinha uma vaga ideia, foi então que ele me disse: 
  - quando você tiver um boneco e desejar muito colocar "ele" no brinquedo, colocar "ele" na apresentação, uma coisa você não pode deixar de fazer, que é, sempre, colocar "ele" no varal junto com os outros que já fazem parte da brincadeira. Coloca lá. Mesmo que você não use, não pode deixar de colocar. Vai que um dia você acorda, vai botar os bonecos, e está sem dinheiro e precisando muito, então, esse pode ser um bom dia para você colocar o seu boneco pra brincar. Olhe bem pra isso. Você vai colocar seu boneco na empanada, e ele vai dizer que tá sem dinheiro, a brincadeira dele vai ser sobre a falta do dinheiro e a necessidade que ele tá passando. Mas olhe! Quem vai dizer que está sem dinheiro é o boneco, não é você, entende? É ele quem tá precisando, ninguém vai saber que é você quem tá necessitado. O povo vai rir  é do seu boneco..."
Nessa fala, que eu nunca esqueci, mas só com o tempo fui entender, podemos perceber que o Mestre Sólon atua como um verdadeiro cronista, um artista observador do mundo a sua volta, que sabe que o RISO é resultado de situações humanas. É na sua realidade que ele recolhe a matéria prima para suas criações cômicas..."

"Zé Regino" - Breve Currículo



                                    José Regino de Oliveira                                    
 (Zé Regino)

Palhaço, arte educador, bonequeiro, diretor,  ator, cenógrafo, figurinista, graduado pela Fundação Brasileira de Teatro e Mestre em Arte em Processos composicionais para a cena pela Universidade de Brasília (UnB), concluído com a dissertação: “A Dramaturgia da Atuação Cômica  - O Desempenho do Ator na  Construção do Riso”. Tendo como orientador o Professor Marcus Mota.
Em Brasília fundou o Grupo de Teatro Celeiro das Antas.
Participou com seus trabalhos de festivais em vários estados do Brasil, e fora do Brasil como na Espanha, EUA, Portugal, Itália, Alemanha e Malta.
Fez cursos com Carlos Tamanini, Graziela Rodrigues, Eugênio Barba, Julia Varley, Antunes Filho, Luiz Carlos Vasconcelos, Roberto Mallet, Luiz Fugante,  Avner Eisenberg, Hilary Chaplain, Leo Bassi, Leris Colombaioni, Grupo Lume, Márcio Libar e Ésio Magalhães, Daniela Carmona, Laurent Dupont.
Trabalhou na cidade de Berlim - Alemanha a convite da Companhia Working Party, dirigindo e roteirizando espetáculos cômicos da cia alemã.
Em Brasília dirigiu e roteirizou Alma de Peixe -Teatro para Bebês, primeira montagem do Núcleo de Pesquisa em Arte para Bebês do Celeiro das Antas, assinando roteiro, direção, cenário, figurinos e  bonecos.
Panapanã como segunda montagem para bebês e  Achadouros  seu mais recentes espetáculo para primeira infância.
Em seu repertório compõem os espetáculos: Quero ser Igual a Eles, montagem dirigida a todas as idades e que utiliza a linguagem do humor físico e A História do Balão Vermelho, montagem dirigida ao público infantil. O Cano do Grupo de Circo Teatro Udigrudi, espetáculo de comédia  As Damas, dirigido ao público adulto, a partir do texto  de Timochenco Webi e Santa Joana dos Matadouros de Bertolt Brecht com o Grupo Teatro Experimental de Alta Floresta.